sábado, 28 de agosto de 2010

Diferenças entre Pro Tools Score Editor e Sibelius – Parte 2

Na primeira parte desta matéria vimos que a princípio, não é muito coerente fazer esta comparação, já que um se trata de um programa e o outro se trata de um recurso extra de um programa. Se você não acompanhou a primeira parte, clique aqui.

De qualquer maneira, o Score Editor do Pro Tools está um passo a frente do editor de partituras do Sonar e o Cubase/Nuendo, então sei que pode ser útil enumerar o podemos esperar do Pro Tools Score Editor, antes de recorrer ao Sibelius:

1- Escrita: A escrita de notas e pausas convencionais no Score Editor é ótima. Algumas quiálteras mais simples também podem ser escritas além do tipo de compasso e armadura de clave.

Além de notas, é possível escrever cifras e obter de brinde um desenho do braço do violão e casas e cordas que devem ser pressionadas para obter o acorde (chord diagram).


2- Edição: Poucos recursos no Score Editor, mas por uma razão simples. Espera-se que o engenheiro se sinta mais confortável no Edit Window. Resume-se a copiar/colar trechos pequeno, mudar pitch e duração.

3- Impressão: É possível ajustar margens,espaços entre pautas e definir o tamanho das pautas (staff size), porém é uma configuração única para as parts e para a partitura completa.

Recursos extras:

- É possível definir um tipo de clave para cada instrumento

- A notação pode ser feita “in concert” ou já ajustada para os instrumentos transpositores.

Resumo: É suficiente para imprimir uma música para registro de música (lead sheet) com qualidade.

E aqui vão alguns exemplos do que não devemos esperar do Score Editor:

- Escrita: instruções, técnicas, expressão, textos, dinâmicas etc.

- Articulações: Usados para instrumentos de corda e sopros.




- Símbolos de repetição: Casa 1, casa 2, ritornello, codas.

- Fontes: Não existe opção de utilizar outros tipos de fontes.

- Formatação: Não se pode mudar a formatação padrão. Não se pode aumentar compassos numa linha, tirar de outra, fazer quebra de página ou similar.

- Impressão para fins de performance: É preciso mais liberdade para escrever parts. Alguns elementos precisam ser retirados, outros acrescentados. O tamanho da fonte geralmente é diferente e a formatação deve ser 100% independente da partitura completa.


- Escrita de Tablatura; Apesar de ser possível se escrever acordes, por enquanto o Score Editor não tem suporte a escrita de tablaturas.

- Escrita de letras de música: É comum ter a letra da música escrita logo abaixo da linha melódica, e não é possível com o Score Editor.

- Grupamento de notas: Não é possível personalizar o grupamento de colcheias e notas de menor duração.

- Cabeças de notas: Bateria e percussão utilizam outras notações. Por exemplo, os pratos devem ter um “x” no lugar da cabeça de nota convencional.

- Pautas com menos de 5 linhas: Utiliza-se para escrever arranjos para percussão, bandas marciais entre outros.

- Numeração de páginas e compassos.

- Acidentes: Somente sustenido e bemol. Não é possível ter dobrado sustenido/bemol e microtons.

- Notação avançada: A notação musical está em constante evolução e nenhuma notação muito moderna (ou muito antiga) é encontrada no Score Editor. Além disso, tipos de compassos complexos, quiálteras, armaduras de clave não-convencionais também não podem ser criadas.





Como vimos, a escrita musical é muito rica e ampla em detalhes. As notações variam de acordo com a época, estilo e localidades. Além disso, não se resume apenas as notas musicais nas pautas, mas todo tipo de informação, seja para o músico ou para o maestro.

Além da escrita em si que é um diferencial, o Sibelius também é repleto de ferramentas que nos ajudam a escrever, formatar e checar possíveis erros.

E este é o tema da terceira parte e última parte desta matéria.

Fiquem ligados, e até a próxima!

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Cristiano Moura é instrutor do curso de Sibelius da ProClass. Conheça mais em http://cristianomoura.com e http://bouncetodisk.cristianomoura.com


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Diferenças entre Pro Tools Score Editor e Sibelius: primeira parte

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Já faz algum tempo que me solicitaram escrever sobre esse assunto.

É bem mais complicado do que parece e, sinceramente, não tenho nem idéia do tamanho do post que isto vai gerar. Mas já posso adiantar que o assunto será dividido em duas ou três partes. Não prometo listar todas as diferenças, pois são muitas. A proposta deste artigo é fazer com que se entenda o conceito de cada software, a relação com o usuário e o que podemos esperar de cada um.
Antes de tudo, vamos quebrar então alguns mitos que vem sendo veiculados pelos diversos meios desde a chegada do Score Editor no Pro Tools 8.
Mito 1: “Score Editor é um “Sibelius reduzido” ou “Sibelius com algumas limitações”.

É um equívoco pensar desta maneira. Pouca gente sabe, mas o Sibelius tem várias versões e uma delas se chama “Sibelius First”. Esta sim, podemos dizer que é um Sibelius com algumas limitações. Aqui, você pode ver uma tabela bem detalhada das diferenças entre o Sibelius completo e o Sibelius First.













Mito 2: “Score Editor é um “mini-Sibelius”.
Novamente, nunca vi nenhuma propaganda da Avid (ou mesmo da Digidesign) chamando o Score Editor assim. O Sibelius tem uma versão chamada de “Sibelius Student”, que custa muito pouco e é o verdadeiro “mini-Sibelius”.

São poucos recursos, mas ainda assim muito útil para a maioria dos músicos. Aqui, você pode ver uma tabela das diferenças entre Sibelius, Sibelius First e Sibelius Student.







Então, o que dizer do Score Editor do Pro Tools?
A bem da verdade, não há muito o que dizer. O Pro Tools é um programa de gravação/mixagem/masterização. Entre seus recursos de MIDI, além dos velhos conhecidos Midi Editor (Piano Roll) e Midi Event List, temos agora o Score Editor que é apenas mais uma opção de visualizar e editar MIDI.
Antes de listar as diferenças, é importante entender este conceito. O Sibelius é um programa exclusivo de editoração de partituras que tem um “bônus” de tocar um arquivo de áudio, enquanto o Pro Tools é um programa de áudio/MIDI com um “bônus”, de ter uma interface de edição de partituras.
Então qual a relação entre o Score Editor e o Sibelius afinal?
Ficando claro que ninguém da Avid tem a pretensão de ter o Score Editor como algum tipo de “sub-versão’ do Sibelius, nos resta entender então o porquê de tanta confusão. No meu ponto de vista, são dois fatores:

  1. O Pro Tools e Sibelius são produtos da mesma empresa. Os jornalistas mais afoitos já pressupõem que temos “algum tipo de Sibelius embutido no Pro Tools” e escrevem seus artigos sem nunca ter estudado os programas.

  2. O Score Editor tem sido desenvolvido em cima da arquitetura do Sibelius. Sua maneira de visualizar, editar, copiar, imprimir e escrever música é similar. Inclusive é o que facilita o envio de partituras do Pro Tools diretamente para o Sibelius sem nenhuma perda de configuração.
Traçando uma simples analogia: Digamos que um carro é desenvolvido utilizando muitas tecnologias que a NASA usa em sua nave espacial... Seria correto afirmar que o tal carro, é uma “versão reduzida” da nave espacial da NASA? Eu acredito que não.
Na segunda parte desta matéria, vamos observar quais resultados podemos esperar do Score Editor do Pro Tools, e quais situações exigem que o trabalho seja concluído no Sibelius.
Até a próxima!
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Cristiano Moura é instrutor do curso de Sibelius da ProClass. Conheça mais em http://cristianomoura.com e http://bouncetodisk.cristianomoura.com

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Workshop sobre Amplitube 3

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No sábado passado, dia 24/07/2010, foi realizado na ProClass o workshop sobre o Amplitube 3. Este software é a aposta da empresa italiana IK Multimedia no campo da simulação de amplificadores e efeitos para guitarra e baixo. Além disso, tem sido muito comentado ultimamente devido a sua atuação no mundo dos dispositivos portáteis, o que se dá através do iRig.


Ao longo das duas semanas de divulgação, houve literalmente uma avalanche de inscrições e todos nós estávamos bastante animados para dar um show! No dia, contávamos com a presença do experiente produtor musical Cristiano Moura e do grande músico guitarrista Lula Washington. Em ambas as sessões, o público era bem heterogêneo, ao contrário do que se esperava, e não era formado apenas por guitarristas.


Cada sessão foi iniciada por uma apresentação do software feita por Rodrigo Meirelles, um dos donos da ProClass. "Fiquei muito feliz ao perceber que os todos os presentes, sem exceção, tiveram tempo hábil para experimentar o AmpliTube seja em sua versão stand-alone, seja no Pro Tools." - disse Rodrigo. "As dinâmicas em grupo do Lula simulando uma gravação e "timbragem" do instrumento, assim como os exemplos práticos do Cristiano em mixagem deram um molho especial depois de toda a apresentação do software e da IK. Promover um workshop dinâmico em que todos os participantes colocam a "mão na massa" é bastante trabalhoso, mas muito recompensador. Tenho certeza de que todos os envolvidos na organização sairam tão satisfeitos quanto os participantes"

Foram exibidos vídeos de comparação do desempenho do Amplitube com os amplificadores tradicionais. A seguir, foi feita uma explicação sobre as possibilidade de conexão. O início da apresentação foi finalizada por uma demonstração do real poder de fogo do Amplitube através de uma performance ao vivo de Lula que tocou músicas de sua banda instrumental Gallo Absurdo utilizando unicamente o software. Repare nas fotos que não há nenhum pedal ou amplificador na sala. Tudo que ele usou foi uma Fender stratocaster, um computador com o Amplitube e uma interface de áudio.


Após um coffee break, os participantes foram divididos em dois grupos. Enquanto um dos grupos foi levado para a sala de aulas práticas da ProClass para assistir a uma apresentação de Cristiano Moura sobre uso do Amplitube em um cenário de mixagem e gravação, o outro grupo continuou com Lula para conversar sobre a aplicação do software em modo stand-alone para utilização ao-vivo e para estudo. Depois disso, os grupos trocaram de salas e puderam assisitr a todos as apresentações. Em ambas as salas os participantes tiveram a chance de colocar a mão na massa e experimentar de perto vários recursos do software.  "Foi muito motivador ver participantes sem nenhuma intimidade com o Pro Tools e Amplitube, conseguirem experimentar tudo na prática com instruções de duraram menos de uma hora." - avaliou Cristiano. "Foi a constatação de que são dois programas não só poderesos, mas muito intuitivos."



"Parabéns mostraram entender do assunto, foram didáticos e atenciosos com os participantes." - Nathália Conde

"Muito bom o curso e a estrutura." - Tiago Jardim

"O ambiente descontraído foi benéfico para a boa recepção dos alunos." 
- Dhiana Rocha

" Simplesmente Genial."
Rosauro Zambrano

Fiquem de olhos e ouvidos abertos para nossos próximos workshops:

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sibelius Tutorial - Como adicionar VST plug-ins no Sibelius 6

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Nosso colaborador Cristiano Moura fez um vídeo tutorial, exemplificando como configurar e adicionar efeitos formato VST no Sibelius 6.

Link do vídeo:

Você pode ver os vídeos anteriores com informações e dicas de utilização do Sibelius 6 acessando o link abaixo:

Participe! Utilize a parte de comentários abaixo para sugerir outros assuntos para os próximos vídeos.

TOP 10 rápidas dicas de Pro Tools


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Kevin Becka é colunista da revista Mix e escreveu um belo artigo compartilhando algumas de suas dicas prediletas sobre Pro Tools. Vou fazer uma descompromissada tradução para os que tem dificuldade com o inglês, mas no final do post você pode acessar o link original em inglês.



1. Window Configurations – Pular de um setup de janelas para outro é uma função muito útil. Você ainda pode salvar as configurações para importar para outras sessões usando o caminho file / import  / session data.



2. Shift + Command + G – Ativar/Desativar grupos rapidamente permite um melhor controle individual sobre a mixagem.


3. Command + Comma (virgula)Criar Sync points permite que você coloque um audio event num ponto específico em qualquer lugar com muita praticidade. Primeiro, mova o cursor para o seu sync point, e aperte command + Comma para criar o seu sync point.


4. Command + = Mude rapidamente do edit window para o mix window (e vice-versa).


5. Command + 4 (10-key) – Use isto para ganhar um rápido acesso a janela de automação para ver o que está sendo automatizado quando você coloca um track em "write mode".


6. Command + 5 (10-key) – A janela de memory location te dá rápido acesso a markers, mesmo se eles estiverem fora da tela.


7. Command + M – Mute pequenos trechos ou regiões.


8. Option + Page Up – Independente de onde estiver no timeline, use este comando para voltar a tela do Pro Tools para a esquerda.


9. Shift + Control + P – Este comando seleciona tracks adjacentes no edit window. Use Control + P para pular entre os tracks.

10. Command + Option + B – Após marcar uma seleção no timeline, acesse a janela de "bounce to disk" imediatamente com este comando.

Não deixe de conhecer os cursos certificados de Pro Tools da ProClass, visitando o site http://www.proclass.com.br

Link original: